sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

A odisséia dos revestimentos

Depois do post poético da Bel ontem, e aproveitando a temática dos azulejos, venho contar um pouco sobre a escolha dos revestimentos que cobririam o chão e as paredes das áreas molhadas do apartamento (porque sala e quartos já têm uma linda tábua corrida, original, que sintecaremos ao final da obra). Pra mim, eles são uma parte crucial, se não a mais importante, de uma reforma. É o mais trabalhoso para trocar, é o que realmente fará parte do imóvel.

Passei o mês de janeiro inteiro lembrando minha irmã-arquiteta (minha arquiirmã!) que tínhamos de definir os revestimentos, porque alguns demoram até quarenta dias para chegar. E nada das tradicionais cerâmicas, dos porcelanatos chiquérrimos ou dos clássicos granitos... A paixão de nós três – eu, Rafael e Bel – eram os coloridos ladrilhos hidráulicos. A ideia era colocá-los na varanda e na cozinha. De resto, era achar outros revestimentos alternativos.

Por indicação da minha amiga Mariana Calasans, fomos à Vallori, uma simpática lojinha no Sia que trabalha com revestimentos que não são fabricados em Brasília. E achamos de tudo: cimento queimado, cerâmica rústica Lepri e, claro, os ladrilhos.

O cimento ficou no piso da cozinha, na área e na dependência. Lepri na varanda e ladrilhos nos banheiros. Até o banheiro da DPE (sigla que a Bel inventou para substituir DCE) vai ganhar ladrilhos, paredes inclusive! Mas só foi possível ladrilhar todos os três banheiros – social, suíte e DPE – com preços incríveis da Goiarte, em Goiânia. Indicação do dono do café Senhoritas, na 408 Norte, que tem ladrilhos asa de morcego por todo o chão.

Vale a pena a visita... www.goiarte.com.br

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

O que estou fazendo


O que dizer dessa reforma... Há algo além da correria sem propósito, dos gastos pra entrar na moda ou do desperdício por algo volátil esperado de "certas reformas". Cada passo do projeto é motivado pela vida de quem fará daquilo poesia, histórias de infância, momentos de alívio....não é imagem morta ou espaço vazio...é pra vida de gente cheia de amô.

Passamos por idéias de alçapões, jacarés, passagens secretas, pontes levadiças...o que se efetivar disso tudo com certeza virá pra cá...isso...espero que venha.

Só é legal porque as pessoas são legais e me deixam ser legal.

Faço ainda uma homenagem à nossa irmã que não está no nome do Blog, senhorita Lídia, moça charmosa solteira e elegante que nós amamos.

Após esse introdução, les ofereço os azulejos que alegrarão a cozinha. Tons agradáveis e combinação de nossa criação.

Muito obrigada

A lavadora-secadora


Enquanto espero ansiosamente pelo primeiro post da Bel, aproveito para falar um pouco de um problema crucial: a secadora, item dispensável com a secura de Brasília mas sempre útil nos meses de chuva diária - como agora.

Por falta de espaço, a ideia era suspender a secadora, como no meu apartamento atual. Mas pra isso era preciso subir uma parede entre a área e a cozinha – o que atrapalharia a integração e diminuiria a luminosidade. Na simulação 3D dá pra ver direitinho a suposta parede. A solução foi substituir nossos dois equipamentos atuais por uma máquina só, que lava e seca (essa aí da foto diz que faz até café expresso). Espero que a nova tecnologia não me decepcione...


Cozinha e áreas integradas

Da cozinha, vê-se a área. Nada poético, não é mesmo? Sempre sonhei com uma cozinha fofa, armários amarelinhos claro, uma cortininha como porta sob a pia, azulejos estampados. E, no fundo de tudo isso... varais com roupas penduradas! Não era bem isso...

Com uma dependência grande o suficiente, decidimos passar todo o serviço para lá – com exceção da pia e da lavadora-secadora. Assim, sobra uma área grande de circulação onde depois podemos pôr uma mesinha para a meninada...

A cozinha e a área



Trocar todo o revestimento, fazer novos armários, repensar os espaços. Sai esse painel de vidro.

A Bel conseguiu projetar uma mesa para quatro em uma cozinha pequena. No banco embutido, cabem até três crianças...

Assim, na projeção 3D, parece que foi fácil. Mas manter toda a área molhada junta sem picotar a bancada e preservar nossa super mesa de família exigiu umas três ou quatro tentativas... Vivas para a Bel!

As idéias do projeto


Queríamos um apartamento simpático, alegre, lúdico. Um lugar aconchegante onde construir memórias para nós e nossos filhos. Um lugar que não ostentasse luxo, mas prezasse pela qualidade e pelo carinho na escolha de cada detalhe. O plate rack na cozinha é mais uma ideia fofa da Bel (a foto é do site http://cherryhillcottage.typepad.com/cherryhill_cottage/2007/07/plate-rack.html). Mamãe adorou.

Um pouco de história...


2009 começou com a visita ao apartamento que havíamos recebido no fim de novembro. Como em dezembro tiramos férias e fomos à Argentina, ele ficou descansando, fechadinho, enquanto eu e a Bel já idealizávamos meu novo lar. O Rafael, meu marido, participou sempre – claro, sem o entusiasmo extremo que me fazia comprar mensalmente todas as revistas de casa que chegavam às bancas.

Acima uma foto de nós dois, dia 3 de janeiro, descobrindo que da varanda se pode alcançar alguém no quarto...

Apresentação

Tive a idéia deste blog durante o carnaval. Passei o feriado em Belo Horizonte, e numa das manhãs de folga fui andar pela lagoa da Pampulha. Vi muitos azulejos, jardins, varandas, e pensei muito no meu novo apartamento em Brasília, que começamos a quebrar há uma semana. Pela milésima vez, vasculhei a internet em busca de ainda mais ideias para o ap. E então me ocorreu compartilhar eu mesma os resultados de quase de dois meses de projeto feito com amor pela minha irmã, a Bel.